sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Cigarro faz profissionais perderem 20% do tempo de trabalho



Uma empresa que tenha 20 fumantes em seu quadro funcional, 
o custo anual do vício desses empregados atingirá a casa de R$ 259.200.
 As empresas que têm fumantes em seus quadros de funcionários podem começar a se preocupar com as questões da produtividade desse pessoal. Segundo levantamento de Marcelo Maron, diretor-executivo de um Grupo, que reúne corretoras e faz a gestão de planos de saúde corporativos, um empregado que fuma pode estar desperdiçando 20% do seu dia de trabalho com o vício, o que equivale a um quinto de sua jornada diária, normalmente de oito horas.Segundo o executivo, hoje, com a eliminação dos fumódromos nas empresas, os empregados que fumam precisam ir para a rua ou para ambientes arejados.
E, dependendo do movimento do prédio em que trabalham e das distâncias envolvidas, além do tempo necessário para fumar um cigarro apenas, contando o deslocamento da sua sala até a rua, o tempo médio dessa atividade não será inferior a 15 minutos de trabalho perdidos para cada cigarro fumado:

“Vamos supor um fumante razoavelmente controlado, que fume apenas seis cigarros durante as oito horas de trabalho, três pela manhã e três à tarde.
 Levando em conta a média de tempo apurada acima, esses seis cigarros vão consumir 90 minutos de um dia de trabalho. Nada menos que uma hora e meia de uma jornada de oito horas se esvai com o vício, o que equivale a quase 20% do horário de trabalho” alerta Maron.
Maron fala dos custos que um empregado pode custar e dá como exemplo um empregado com um salário de R$ 3.000 por mês. Somando ao salário os benefícios e encargos legais, esta remuneração chega a R$ 5.400/mês. Se o empregado está ausente quase 20% deste tempo para fumar, seu vício custa R$ 1.080 por mês para a empresa, ou R$ 12.960 por ano.
“É incrível, mas a quantia pode até ser bastante significativa em relação ao resultado do negócio”assinala Maron. Para o consultor, esses cálculos, relativamente conservadores, explicam o fato de que muitas empresas estão preterindo fumantes em seus processos seletivos. Além disso, há uma grande pressão para que os fumantes deixem de fumar durante o expediente.
“Tenho visto isso com frequência cada vez maior. Se há empate entre bagagem acadêmica e experiência, com certeza o fumante terminará eliminado do processo seletivo, embora muitas empresas se neguem a admitir isso”explica o consultor.

Mas há outra conta que joga contra o fumante, segundo Maron: o cálculo do uso do plano de saúde. Como as organizações arcam com custos crescentes em relação a esse benefício, contar com muitos fumantes em seus quadros pode ser desastroso para o caixa da empresa:

“Empregados com problemas circulatórios, cardíacos ou até mesmo de câncer elevam de modo considerável os gastos com o plano de saúde, que já é a segunda maior despesa de pessoal das empresas, logo após a folha de pagamento. Nesse sentido, reduzir o número de fumantes no trabalho é um fator de redução do custo do plano de saúde, e as empresas estão caminhando nessa direção”.
Entrevistada pelo JT, Ylana Miller diretora da empresa Yluminarh que trata de desenvolvimento profissional e docente de gestão de RH ressalta que pausas durante o dia podem ser saudáveis para aliviar o estresse e estimular a criatividade, sendo ainda mais benéficas quando favorecem a saúde física e mental ao mesmo tempo:
“Pausas durante o expediente são saudáveis;Há diversas organizações que estimulam essas “pausas saudáveis”, seja através de academias de ginástica e/ou de outros ambientes que estimulam a socialização, como um local específico para um cafezinho ou até mesmo um lanche rápido”, afirma Ylana.
De acordo com a especialista, empresas e líderes podem ter um papel diferenciado ao implementarem projetos de qualidade de vida, que incluem programas de antitabagismo. E, afirma, cabe ao funcionário decidir se quer participar.

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