quarta-feira, 29 de julho de 2015

Categorias avaliam dados de roubos a ônibus e táxis em Juiz de Fora

O primeiro semestre de 2015 terminou com 33 roubos à mão armada a veículos do transporte coletivo urbano e 37 roubos à mão armada a táxi em Juiz de Fora. Os dados disponibilizados pela Polícia Militar (PM) ao G1 apontam um aumento nos registros envolvendo táxis em comparação a 2014.

No mesmo período no ano passado, também foram 33 roubos a ônibus e 30 a táxis. Para analisar os dados e a sensação de segurança, o G1 ouviu o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sinttro) e a Associação dos Taxistas e recebeu posicionamentos da PM e da Secretaria de Transportes e Trânsito sobre as medidas já implantadas para inibir os assaltantes.

Ônibus

Segundo os dados disponibilizados pela PM, durante todo o ano de 2014 foram registrados seis roubos consumados a coletivos e 50 roubos à mão armada. A diferença é que nos roubos consumados o assaltante usa alguma forma de violência para coagir a vítima, mas não está armado.
Os registros de furto apresentaram queda. Segundo a PM, não houve registro de furto de ônibus em 2015.  Já o furto de passageiros dentro dos coletivos caiu de 96 em 2014 para 51 neste ano.
 De acordo com o presidente do Sinttro, Adilson Antônio Resende, são feitas reuniões mensais com a PM para avaliação e identificação dos pontos onde os casos ocorrem com mais frequência. “O que descobrimos é que, na maioria das vezes, o crime é do mesmo jeito e envolve as mesmas pessoas. Algumas medidas que poderiam ajudar, como a mudança dos pontos de ônibus mais visados em horários noturnos, esbarra nos interesses de cada bairro”, ressaltou.

O envolvimento de adolescentes é um problema apontado pelo sindicalista. “Muitas vezes eles são detidos, mas não ficam presos. E também descobrimos que os crimes servem ainda para marcar invasões de territórios entre grupos rivais. Os trabalhadores que estão sempre nas mesmas linhas ficam com medo de reencontrar os mesmos suspeitos em novas ações”, comentou.
Segundo Adilson Antônio Resende, as empresas e o sindicato oferecem o acompanhamento psicológico aos motoristas e cobradores que foram vítimas de ações violentas. “A meta é recuperar o profissional para o mercado de trabalho. Há casos que eles nem voltam às mesmas funções ou que são encaminhados para outro emprego por causa do trauma”, afirmou.
Em nota, a assessoria da Settra disse que a implantação das câmeras e dos GPS nos veículos contribuiu para coibir assaltos no transporte coletivo.

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