terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Uber é condenada a pagar € 1,2 milhão a taxistas na França

REUTERS/Charles Platiau


Uso do aplicativo vem gerando protestos no país.

A empresa Uber France foi condenada a pagar € 1,2 milhão à organização União Nacional de Táxis (UNT), por uma falta de comunicação a respeito de seus motoristas, de acordo com o veredicto do tribunal de grande instância de Paris.
A decisão foi anunciada em plena mobilização dos taxistas franceses contra os "desvios" do setor de veículos de transporte com motorista (VTC), com muitas críticas do grupo à Uber.
O veredicto diz respeito à comunicação da empresa dirigida a seus motoristas.
De acordo com a UNT, a Uber France mantinha uma "ambiguidade" a respeito da possibilidade de estacionar os veículos na via pública, à espera de clientes sem reserva, o que é uma prerrogativa dos táxis e é proibido aos VTC.
Alguns motoristas exaltados furaram e queimaram pneus, viraram e destruíram um veículo em Paris. Eles também retiraram os motoristas independentes à força de dentro dos carros e agrediram passageiros. Nos últimos dias, agressões também foram registradas em Nice, Lyon e Estrasburgo.

A polícia interveio para liberar o trânsito da capital francesa, mas os taxistas estão determinados a dar continuidade à ação. Eles cobram do governo que tire das ruas os motoristas ocasionais. Os sindicatos da categoria pediram "calma" e que os taxistas "não respondesse às provocações".
No total, segundo a polícia, 2.800 taxistas participam do protesto em todo o país. Cerca de trinta pontos estratégicos de acessos às cidades foram bloqueados.
O protesto é contra os motoristas que trabalham de forma ocasional, utilizando veículos particulares, o que é criticado pelos taxistas credenciados, que chegam a pagar € 200 mil pela licença em um ponto de táxi registrado na prefeitura de Paris.
A oferta de carros com motorista fazendo serviço de táxi foi facilitada pelos aplicativos de celular, especialmente pela Uber, uma start-up americana que sacudiu o setor do transporte. O status desses motoristas independentes exonera a empresa de qualquer pagamento de salário, material e cobertura social. A cada corrida, a Uber embolsa 25% de cada corrida

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